O presidente do Conselho Europeu defende na carta-convite enviada hoje aos 27 líderes europeus para a cimeira de sexta-feira que é imperioso implementar as medidas acordadas e tomar outras com vista a uma união económica mais forte.
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Na tradicional missiva enviada às 27 capitais nas vésperas dos Conselhos Europeus, Herman van Rompuy sustenta que é fundamental trabalhar com base nas «importantes medidas já tomadas, bem como acordar uma abordagem mais abrangente, que compreenda o fortalecimento das ferramentas de gestão de crises a curto prazo, bem como a determinação para adoptar no médio prazo medidas que apoiem a união económica».
O presidente do Conselho indica que a discussão desenrolar-se-á com base no relatório que preparou em estreita cooperação com o presidente da Comissão Europeia (Durão Barroso) e com o presidente do Eurogrupo (Jean-Claude Juncker), para o qual tinha sido mandatado pelo anterior Conselho Europeu, e que aponta possíveis caminhos rumo a uma «união económica mais forte».
Van Rompuy precisa que esta discussão terá lugar logo no jantar informal de líderes na quinta-feira, que antecede a cimeira de sexta, e para o qual convidou também o novo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
O presidente do Conselho acrescenta que na cimeira de sexta-feira, que arrancará com a assinatura do Tratado de Adesão com a Croácia, haverá ainda oportunidade de discutir, além da política económica, questões relacionadas com o processo de alargamento, assim como o acesso de Bulgária e Roménia ao espaço Schengen de livre circulação e uma breve troca de pontos de vista sobre o Irão.
O assunto dominante da cimeira será no entanto a discussão em torno das propostas de alterações aos Tratados, que Berlim e Paris também levarão a Bruxelas, no quadro de um debate mais amplo sobre a resposta à crise da dívida soberana, sendo este Conselho Europeu considerado, uma vez mais, decisivo, para estancar a espiral da crise e estabilizar a zona euro.