Várias cidades portuguesas palco de manifestações para exigir uma Palestina livre
Em Lisboa, o protesto contou com a presença da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e com o deputado do PCP Bruno Dias.
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Lisboa, Braga, Faro e Angra do Heroísmo estão a ser palco, este sábado à tarde, de manifestações para exigir uma Palestina livre. Pede-se o fim do genocídio dos palestinianos, um cessar-fogo permanente em Gaza e ainda a criação de um Estado livre e independente.
Em Lisboa, o protesto contou com a presença da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que considerou que tem faltado pressão internacional para travar Israel.
"Temos uma enorme hipocrisia dos maiores Estados do mundo, que acabam por ficar ao lado de Israel enquanto se passa debaixo dos nossos olhos o maior massacre. Foram mortas mais crianças em Gaza nestes meses do que em todos os conflitos mundiais nos últimos cinco anos. Como é que é possível tolerar um massacre desta natureza? Como é que podemos continuar a ver crianças a serem assassinadas todos os dias e não fazer nada? Aquilo que se pede é que a política relativamente ao Governo de Israel seja a mesma política que o mundo teve contra o apartheid da África do Sul, que é um boicote, são sanções que obriguem Israel a cumprir a lei internacional", defende, em declarações à RTP, Mariana Mortágua.
Dados avançados pelo Ministério da Saúde de Gaza apontam para um número de mortos superior a 28 mil desde que o Hamas atacou Israel a 7 de outubro.
O PCP também marcou presença no protesto e afirmou que o Governo português tem de ser mais assertivo na defesa de uma Palestina livre.
"Há uma questão transversal aos seres humanos, que é a exigência de paz, que é o fim da ocupação neste contexto e que deve exigir do Estado português, deve exigir do Governo de Portugal uma atitude consequente, uma atitude corajosa, firme e de exigência do cessar-fogo. Portugal pode e deve ser mais assertivo em relação à questão da Palestina na exigência de paz e de um cessar-fogo e no reconhecimento do Estado palestino na solidariedade para com um povo que está a sofrer uma ocupação há mais de 75 anos e que neste momento está a sofrer um massacre e uma agressão de que não há memória e que é preciso travar", sublinhou o deputado comunista Bruno Dias, que também está a participar na manifestação em Lisboa.