O ataque mais violento ocorreu no distrito xiita de Habibiya. O auto-proclamado Estado Islâmico já reivindicou os ataques.
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Uma série de atentados na zona de Bagdade mataram pelo menos 24 pessoas no sábado, dois dias depois do ataque mais mortífero na capital iraquiana desde que o primeiro-ministro Haider al-Abadi assumiu o cargo há um ano.
O ataque mais violento ocorreu no distrito xiita de Habibiya, onde 15 pessoas foram mortas quando um carro-bomba explodiu perto de estabelecimentos de exposição e venda de automóveis.
Habibiya foi o cenário de vários ataques anteriores. A região é muito frequentada e é onde, habitualmente, os iraquianos se deslocam para comprar e vender carros. Além disso, encontra-se no bairro populoso de Sadr, uma cidade em que a população é maioritariamente xiita e que tem sido fustigada por ataques de grupos sunitas radicais.
Fonte da polícia iraquiana, citada pela agência Reuters, adianta que a investigação ao atentado conta com a ajuda de imagens captadas por uma câmara de vigilância, as quais mostram um homem a estacionar um carro branco no local e a esconder-se numa loja localizada nas imediações do ataque.
Duas pessoas perderam a vida e sete ficaram feridas noutra explosão junto a uma oficina de automóveis em Taji, ao norte da capital iraquiana. Outras explosões em ruas e zonas comerciais nos bairros de Jisr Diyala, Madaen e Iskan matou sete pessoas.
As forças de segurança e milícias lutam Estado islâmico na província de Anbar, o coração sunita alastrando no oeste do Iraque. Em Bagdá, Abadi propôs reformas radicais destinadas a reduzir a corrupção e clientelismo, as maiores mudanças no sistema político desde o fim da ocupação militar americana.
O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) reivindicou os ataques, dizendo que foi contra os xiitas, considerados hereges e fiéis ao Irão, cujo regime xiita apoia o governo de Bagdade na luta contra a organização terrorista.
O governo iraquiano aprovou no princípio da semana uma série de reformas que procuram, entre outros objetivos, aliviar as tensões sectárias entre sunitas e xiitas, acentuadas pelo conflito com o EI.