Vasco Cordeiro recebido por Zelensky enquanto presidente do Comité das Regiões Europeu
Português explicou que o objetivo da visita foi perceber que papel podem ter as cidades e regiões da Ucrânia numa cooperação europeia para reconstruir o país e também de que forma podem convergir com as instituições dos 27 até que o país seja também um Estado-membro.
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O português Vasco Cordeiro, presidente do Comité das Regiões Europeu, foi esta quinta-feira recebido pelo Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no âmbito da Cimeira Internacional dos Municípios e Regiões, em Kiev.
Com o objetivo de "analisar de que forma as cidades e regiões da Ucrânia e o poder local e regional" podem contribuir "por si só e em cooperação" europeia para a reconstrução do país, Vasco Cordeiro assinalou que a visita à Ucrânia também serviu para trabalhar sobre a candidatura do país à União Europeia.
"Há um trabalho sobretudo de reforço e de construção da capacidade da governação local e regional que ajuda o processo de adesão e reforça essas instituições", notou.
O responsável europeu espera que dos trabalhos desta quarta-feira saiam uma "aproximação" entre os poderes local e regional ucranianos e europeus, mas também que se saliente "a importância que um poder local e regional forte, democrático, devidamente financiado e respeitado" tem no desenvolvimento e na convergência europeia do país.
A visita de Vasco Cordeiro incluiu também passagens pelas localidades de Bucha e Dmytrivka, assim como pela ponte de Romanovsky, destruída pelas forças ucranianas para impedir o avanço das forças russas.
Junto à ponte, o português assinalou estar num local de "morte" mas também de "sobrevivência, resiliência e de luta", onde é possível perceber a "expressão de que 'o Mal andou por esta parte da Terra'".
"O que está em causa aqui na Ucrânia não é apenas relativo ao território, não é algo que diga respeito apenas a este país. Diz respeito a todos nós. É sobre humanidade. É sobre a dignidade das vidas humanas. E é por isso que temos de nos unir, cidades e regiões em toda a Europa para ajudar a reconstruir", disse.