"Vemos apenas as nuvens e o fumo." Pelo menos quatro mísseis atingem região de Odessa
À TSF, Ivanka Hersimchuck, ucraniana que mora junto à zona das explosões, refere que apenas dois dos quatro mísseis atingiram alvos militares. A cidade de Odessa estará a partir das 17h00 de domingo e até às 10h00 de terça-feira em recolher obrigatório.
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A cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, foi este sábado alvo de mísseis russos. O comando sul das Forças Armadas ucranianas confirmou que pelo menos quatro mísseis atingiram a região. O ataque surge na véspera do recolher obrigatório a que a cidade vai estar obrigada e a dois dias da Rússia celebrar o Dia da Vitória, uma comemoração da vitória sobre os nazis na Segunda Guerra Mundial.
Ouvida pela TSF, Ivanka Hersimchuck, ucraniana que mora junto à zona das explosões, relata, sem confirmação ainda oficial, que dos quatro mísseis, apenas dois atingiram alvos militares.
"Foram quatro rockets, atingidos pelas forças antiaéreas da Ucrânia. Parece que um ou dois atingiram alvos militares. Conseguimos ver os estragos, mas não há informação oficial por agora. Vemos apenas as nuvens e o fumo, o centro comercial junto ao alvo militar ficou danificado. Há vidros partidos, alguns objetos voaram para este centro comercial, mas não há civis feridos. É a informação que temos por agora", diz Ivanka.
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Ivanka Heresimchuck retrata que a região está sob uma intensa nuvem de fumo: "Há tanta gente na rua a olhar para o fumo, estão assustados e em choque, mas estão na rua e muitas pessoas estão a deslocar-se de carro ou a pé. Vejo à minha frente um velhote, numa bicicleta, a olhar para a nuvem de fumo."
A cidade de Odessa vai estar a partir das 17h00 de domingo e até às 10h00 de terça-feira em recolher obrigatório. Sobre a medida, Ivanka confessa ter medo por viver perto de russos.
"Quase todos os ucranianos estarão em recolher obrigatório durante quase dois dias. Estaremos nos abrigos, as pessoas estão assustadas e à espera de alguma coisa. Eu também vou para um abrigo se as sirenes tocarem, porque também tenho medo, porque vivo em frente a um importante sítio histórico, em frente a pessoas loucas, quero dizer, em frente aos russos. Não sabemos o que eles podem fazer", afirma.