Governo brasileiro vai criar grupo de trabalho em resposta a um pedido de Juan Guaidó.
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O Brasil vai criar um grupo de trabalho em Roraima, na fronteira com a Venezuela, para entregar ajuda humanitária àquele país a partir do próximo sábado, afirmou esta terça-feira o porta-voz da Governo, Otávio do Rêgo Barros.
Em conferência de imprensa, o porta-voz afirmou que a decisão responde a um pedido do Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, e conta ainda com a cooperação do Governo norte-americano.
Roraima será o segundo ponto de ajuda, ao lado de Cúcuta, na Colômbia.
Segundo Rêgo Barros, alimentos e remédios serão disponibilizados na capital, Boa Vista, e em Pacaraima, município brasileiro que faz fronteira com a cidade venezuelana de Santa Elena de Uairen.
"A ajuda, que inclui alimentos e medicamentos, será disponibilizada em território brasileiro em Boa Vista e Pacaraima, no Estado de Roraima, para ser recolhida pelo Governo do Presidente Juan Guaidó por camiões venezuelanos, conduzidos por venezuelanos", explicou o porta-voz.
O terceiro ponto de entrega de ajuda fica nas Antilhas Holandesas, que reúnem as ilhas de Aruba, Curaçau e Bonaire.
A decisão, que uniu os esforços dos poderes executivo, legislativo e judiciário do Brasil, resultou de uma reunião interministerial coordenada pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
Contou com os pareceres do vice-Presidente, general Hamilton Mourão, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara, Rodrigo Maia, do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, dos ministros da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno.
O Governo de Nicolás Maduro tem negado a existência de uma crise humana no país e tem dito que não permitirá a entrada de ajuda na Venezuela.