Caracas condena a decisão do Presidente norte-americano, Barack Obama, de impor novas sanções a funcionários do Governo venezuelano acusados de violar direitos humanos. A Venezuela acusa Washington de estar a preparar «ataques militares» contra o país.
Corpo do artigo
«O que vem, já estão a planear e devemos dizê-lo, são ataques sobre a nossa terra, sobre o nosso país, ataques militares», disse o presidente da Assembleia Nacional (parlamento) Venezuelana.
Diosdado Cabello, que também é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, governamental) falava no Estado venezuelano de Lara, 370 quilómetros a oeste de Caracas, num ato com militantes do PSUV, durante o qual insistiu que Caracas não aceita «medidas de ingerência» e que os EUA «não têm moral para dizer que na Venezuela se violam os direitos humanos».
«Quero advertir o mundo disto (ataques militares) e há que tomar (isto) com muita seriedade, companheiros, o partido (do Governo) deve mobilizar-se em cada canto da Venezuela, para condenar de maneira contundente as intenções do imperalismo norte-americano», disse.
Por outro lado frisou que o Presidente dos EUA «terá que sancionar muitos venezuelanos que estão na disposição de defender, com a vida, a revolução e continuar com o projeto do (falecido) Presidente Hugo Chávez».
«O PSUV condena de maneira contundente qualquer tentativa do Governo dos EUA sobre a nossa pátria e funcionários e nos solidarizamos com os companheiros que foram anotados na listagem», disse.
Obama ordenou hoje a aplicação de novas sanções a sete altos responsáveis venezuelanos, atuais e antigos, que acusa de violação dos direitos humanos. As sanções a aplicar a sete altos responsáveis venezuelanos, entre os quais o diretor-geral dos serviços secretos e o diretor da polícia nacional, prevêem a proibição de entrada nos Estados Unidos e congelamento de bens.