Regime de Maduro é "isolado e irracional." Guaidó critica expulsão de eurodeputados
O autoproclamado Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, criticou a expulsão de cinco eurodeputados do país, no domingo, atribuindo a decisão a um "regime isolado e cada vez irracional".
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"Exerçamos toda a pressão necessária para pôr fim a esta usurpação. Vamos continuar!", escreveu Guaidó na sua conta oficial da rede social Twitter, depois de uma delegação do Parlamento Europeu ter sido impedida de entrar no país.
A delegação do Parlamento Europeu (PE), que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana a visitar o país, foi impedida de entrar e obrigada a apanhar um voo de regresso a Madrid.
Num vídeo gravado no principal aeroporto de Caracas, um dos membros da delegação europeia e porta-voz do Partido Popular espanhol Esteban Gonzalez Pons, afirmou que as autoridades venezuelanas não justificaram a decisão.
"Estamos a ser expulsos da Venezuela: os nossos passaportes foram confiscados, não nos foi comunicado o motivo da expulsão, nem temos um documento que justifique a nossa expulsão do país", disse.
"Somos a primeira delegação internacional a visitar o Presidente interino Juan Guaidó. A questão não é que não possamos entrar, mas que o Presidente interino não possa ver nenhuma autoridade estrangeira na Venezuela", lamentou.
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Numa publicação divulgada na mesma rede social, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Nicolás Maduro, Jorge Arreaza, disse que a delegação do Parlamento Europeu já tinha sido notificada "há vários dias" de que "não seria admitida" no país.
"Por via de canais oficias diplomáticos, as autoridades do Governo Bolivariano da Venezuela, notificaram, há vários dias, o grupo de eurodeputados que pretendia visitar o país com fins conspirativos, que não seria admitido", escreveu Jorge Arreaza.
O regime de Nicolás Maduro, apoiado pela Rússia, China, Turquia, Irão e Cuba, controla as fronteiras do país.
Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional que se autoproclamou presidente interino no dia 23 de janeiro, é reconhecido por cerca de 50 países, entre eles os Estados Unidos, sem ter as alavancas do poder executivo.