Maduro recolhe assinaturas por "onda pacifista" contra as ameaças norte-americanas
Presidente venezuelana garante que Trump está a preparar um ataque militar contra a Venezuela.
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O Presidente da Venezuela anunciou esta segunda-feira uma jornada de recolha de assinaturas em todas as praças Bolívar, quartéis e escolas do país, para exigir aos Estados Unidos da América que cessem as "ameaças" contra o Governo.
"A partir de quarta-feira inicia-se uma grande jornada nacional para recolher as assinaturas de todo o povo venezuelano para entregar na Casa Branca", disse Nicolás Maduro.
O chefe de Estado falava no Batalhão de Infantaria Paraquedista Coronel António Nicolás Briceño, na cidade de Maracay (a 100 quilómetros a oeste de Caracas), por ocasião das celebrações do 27.º aniversário do 4 de Fevereiro de 1992.
Naquela data ocorreu uma frustrada intentona golpista contra o então Presidente constitucional Carlos Andrés Pérez (presidiu ao país entre 1974 e 1979, e 1989 e 1993) liderada por quatro tenentes-coronéis do exército, entre eles Hugo Chávez (que foi chefe de Estado de 1999 a 2013).
"Peço ao povo para pôr a sua assinatura em todas as praças Bolívar, quartéis, fábricas, escolas. Vamos ser milhões assinando, para que a voz da Venezuela se faça ouvir e vá surgindo uma onda pacifista", declarou Nicolás Maduro.
Em todas as localidades do país existe uma praça Bolívar, em homenagem ao político venezuelano Simon Bolívar, considerado o libertador de vários países da América Latina, incluindo a Venezuela.
Nicolás Maduro insistiu que o povo venezuelano não quer uma intervenção "gringa" (norte-americana) e que o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, prepara um ataque militar contra a Venezuela.