Firmeza do ministro dos Negócios Estrangeiros foi enaltecida pelo Presidente da República.
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O Presidente da República elogiou esta quarta-feira "a firmeza" do Governo no caso dos portugueses detidos na Venezuela e a orientação política que tem sido seguida no que toca às relações com este país, "muitas vezes não compreendida".
Só se entende "o que sucedeu agora compreendendo que se integra numa posição global, que é a posição conduzida pelo Governo nas relações entre Portugal e a Venezuela", defendeu.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, sobre a libertação dos portugueses gerentes de supermercados que tinham sido detidos na Venezuela, que qualificou como "um passo de compreensão relativamente a algo que parecia absurdo".
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O chefe de Estado começou por "sublinhar a firmeza do senhor ministro" e "do Governo português, em nome de Portugal, num caso muito sensível e na defesa de portugueses".
Depois, Marcelo Rebelo de Sousa quis "destacar a correção da orientação política seguida por Portugal no que toca às relações com a Venezuela", no seu entender, "muitas vezes não compreendida".
Segundo o Presidente da República, "é uma orientação muito atenta, muito interveniente, sempre presente no terreno, mas sensata - o que permite em momentos críticos, como foi este, manifestar a firmeza e essa firmeza poder ser seguida de uma decisão, que é própria das autoridades judiciais venezuelanas, mas que Portugal acolhe".
Hoje, mais cedo, enquanto visitava uma livraria em Nova Iorque, o chefe de Estado falou ao telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros e os jornalistas ouviram-no felicitá-lo.
"Muitos parabéns, isso é muito bom. Parabéns, foi rápido, foi muito rápido. Até já", disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: "Já imaginam por que é que é. O ministro explicará".