"Soy el único presidente de Venezuela." Maduro chama jovens para as Forças Armadas

Reuters
O líder do regime criticou os países que já reconheceram Guaidó como Presidente legítimo da Venezuela.
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou que é o único presidente do país e apelou ao fortalecer da união e lealdade das Forças Armadas venezuelanas perante as ameaças dos EUA.
"As Forças Armadas venezuelanas são a coluna vertebral, central, da união nacional, da democracia venezuelana. As Forças Armadas têm que forjar-se cada dia na união, lealdade, na disciplina. Se a Venezuela quer futuro, paz, democracia, devemos preservar a fortaleza da união das Forças Armadas Bolivarianas", disse.
Por outro lado, chamou os integrantes de instituições castrenses, a milícia e os venezuelanos a participarem, de 10 a 15 de fevereiro, nos exercícios militares que assinalam os 200 anos do Bicentenário de Angostura.
O propósito, disse, além de homenagear o libertador Simón Bolívar, é preparar os venezuelanos para defenderem o "sagrado solo" da Venezuela.
Nicolás Maduro fez ainda um apelo aos milicianos e jovens na idade de prestar o serviço militar para que se inscrevam para fazer parte dos militares ativos do Exército venezuelano.
"Somos guerreiros da paz. Vamos rumo aos dois milhões de milicianos até o próximo 13 de abril", disse, numa alusão ao aniversário dos acontecimentos de abril de 2002, altura em que o falecido líder socialista Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013) regressava ao palácio de Miraflores, depois de ter sido temporariamente afastado do poder.
O líder do regime, que está a ser desafiado por Juan Guaidó, reiterou o apoio uma eventual proposta da Assembleia Constituinte (AC, composta unicamente por simpatizantes do regime) de convocar eleições antecipadas.
"A AC tem a sua agenda de avaliação para convocar uma antecipação das eleições parlamentares ainda este ano. Estou de acordo em relegitimar o poder legislativo do país e que seja o povo a decidir", disse.
Nicolás Maduro falava para milhares de simpatizantes, na Avenida Bolívar de Caracas, que se concentraram-se para assinalar o XX aniversário da revolução bolivariana, apoiar o Chefe de Estado e condenar a ingerência externa nos assuntos internos do país.
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Se não forem antecipadas, as eleições legislativas estão previstas somente para finais de 2020.
A oposição detém atualmente a maioria no parlamento.
No passado dia 21 de janeiro o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela declarou nula a direção da Assembleia Nacional (parlamento) por estar em desacato a decisões daquele organismo.
O presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se no dia 23 de janeiro Presidente interino da Venezuela.