
DR/Efe
A Venezuela está a estudar a possibilidade de "bombardear" as nuvens para forçar a ocorrência de chuvas e combater a situação de "seca extrema a severa" que afeta nove dos 23 Estados do país.
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O anúncio foi feito quarta-feira pelo presidente do Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Inameh), José Gregório Sotollano.
«O bombardeamento de nuvens realiza-se a nível aéreo ou terrestre (...) Com esta técnica consegue-se injetar uma substância (iodeto de prata) que acelera o processo de condensação e, dessa maneira, fazer chover», disse.
Segundo o Inameh, a "seca extrema a severa" afeta os Estados de Zúlia, Falcón, a noroeste do país, e Apure, a sudeste. Também os Estados de Arágua, Carabobo, Miranda e Guárico, no centro da Venezuela, além de Sucre e Monágas, a nordeste, sofrem com a situação de seca.
Por outro lado, o responsável do Inameh explicou que a Venezuela usou esta técnica em 2009 e 2010. A tecnologia não provoca quaisquer efeitos nos seres humanos, mas só pode ser utilizada quando as nuvens estiverem entre seis e oito quilómetros de altura e «no período de maturação», acrescentou.
José Gregório Sotollano frisou ainda que a Venezuela tem anualmente dois períodos meteorológicos, «um seco e um chuvoso». O que decorreu entre outubro de 2013 e abril de 2014 «é considerado o sétimo período mais seco num registo histórico de 60 anos», sublinhou.
Por outro lado, o responsável alertou que o bombardeamento de nuvens requer várias semanas de preparação, precisando que no país «há várias barragens em situação crítica».