Refugiados de origem venezuelana estavam a trabalhar na indústria da construção civil.
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No Brasil foram resgatados 24 venezuelanos que estavam a trabalhar em condições análogas a escravidão. As autoridades brasileiras informam que alguns dos migrantes estavam a cuidar de recém nascidos com quatro meses de vida.
Os venezuelanos ficaram a conhecer a oferta de emprego através de uma publicação nas redes sociais, o anúncio era dirigido especificamente a cidadãos oriundos da Venezuela.
O coordenador da operação de resgate, Joel Darcie, garante que os migrantes foram empregados numa empresa de construção em Rio do Sul, no município do Estado de Santa Catarina, e estavam em condições de higiene "degradantes" e de "absoluta informalidade".
Os vencimentos dos trabalhadores eram de três mil reais (cerca de 535 euros), aos quais acrescem a estadia e a alimentação fornecidas pela empresa.
Os venezuelanos vão ser agora transferidos para hotéis na região de Rio do Sul, já a empresa de construção vai ser obrigada a rescindir os contratos e a pagar mais de 240 mil reais (cerca de 43 mil euros) pelos direitos de trabalho.
Os dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil indicam que em 2022 o país resgatou mais de 2500 trabalhadores em condições análogas a escravidão.