"O mundo inteiro está de luto com o povo de Bucha", declarou.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o Alto Representante para a Política Externa e de Defesa da União Europeia visitaram a cidade de Bucha, na Ucrânia, sobre um rasto de destruição, depois da retirada das tropas do Kremlin.
Em breves declarações à imprensa, durante a visita, a presidente da Comissão Europeia afirmou que "o impensável aconteceu aqui".
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Von der Leyen visitou a zona onde foi descoberta uma vala comum. No chão eram visíveis os sacos negros de corpos recolhidos recentemente.
"Vimos aqui crueldade do exército de [Vladimir] Putin. Vimos a imprudência e a frieza com que têm ocupado a cidade. Aqui em Bucha, vimos a nossa humanidade ser despedaçada e o mundo inteiro está de luto com o povo de Bucha", declarou.
It was important to start my visit in Bucha.
Because in Bucha our humanity was shattered.
My message to Ukrainian people:
Those responsible for the atrocities will be brought to justice.
Your fight is our fight.
I"m in Kyiv today to tell you that Europe is on your side. pic.twitter.com/oVEUOPDuD6- Ursula von der Leyen (@vonderleyen) April 8, 2022
Na rede social Twitter, onde também publicou imagens do cenário que encontrou na cidade dos arredores de Kiev, Von der Leyen considerou que "os responsáveis pelas atrocidades sejam levados à justiça".
"A vossa luta é a nossa luta", afirmou, declarando que está na Ucrânia "para vos dizer que a Europa está do vosso lado".
Prometendo ajuda europeia à investigação, com um procurador e equipamento para a "recolha de prova", Borrell anunciou um projecto de "7,5 milhões de euros", para ajudar a recolher dados sobre pessoas desaparecidas durante a guerra.
We bear witness to harrowing images in #Bucha today with Prime Minister @Denys_Shmyhal
Destruction,
atrocities committed by Russia & the unspeakable price paid by innocent Ukrainian people.
The #WarCrimes Russia committed in Bucha & elsewhere must be investigated+prosecuted. 1/3 pic.twitter.com/LKfgEUh3mo- Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) April 8, 2022
A comitiva que seguiu para Kiev integra também um dos membros do Conselho Europeu, o primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, o qual confirmou a entrega à Ucrânia de "um sistema de defesa aérea S-300".
"A nação ucraniana está a defender corajosamente o seu país soberano", afirmou, destacando a colaboração que a Eslováquia tem o "dever prestar, sem ficar parada a ignorar a perda de vidas humanas sob a agressão da Rússia".</p>
No encontro em Kiev, os três líderes vão discutir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky as ultimas medidas adoptadas pela União Europeia para pressionar a economia que sustenta a "máquina de guerra" de Moscovo, entre as quais o pacote de sanções aprovado hoje, que inclui o embargo às importações de carvão.
I would like to confirm that #Slovakia has provided #Ukraine with an air-defence system S-300. #Ukrainian nation is #bravely defending its sovereign country and us too. It is our duty to help, not to stay put and be ignorant to the loss of human lives under #Russia"s agression.- Eduard Heger (@eduardheger) April 8, 2022
Mas, o presidente Volodymyr Zelensky já alertou porém que tais medidas "não serão suficientes" para travar a agressão lançada pelas tropas do Kremlin, tendo apelado ao boicote ao "gás e ao petróleo" russos.
O próprio Josep Borrell já reconheceu o assimetria da ajuda de "1000 milhões de euros à Ucrânia", para defender a soberania do próprio país, comparando com os "35 mil milhões" que já foram enviados pela União Europeia para Moscovo, desde o início da guerra, para pagar a factura da importação de energia.
Esta sexta-feira, Zelensky divulgou um vídeo através dos seus canais oficiais em que procura evidenciar essa assimetria.
As discussed in Versailles and during the last European Council, a special European Council will take place on 30 and 31 May.
On the agenda notably defence, energy and Ukraine. #EUCO- Charles Michel (@eucopresident) April 8, 2022
À distância, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel convocou uma cimeira extraordinária para tratara das questões da energia, para daqui a cerca de dois meses, ficando agendada para os dias 30 e 31 de Maio, em Bruxelas.
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Notícia atualizada às 17h45