As autoridades locais procuram controlar a situação, uma vez que só no mês de maio já foram registados mais de 500 mortos e 1.300 feridos no país.
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O enviado das Nações Unidas ao Iraque, Martin Kobler, exortou os líderes políticos a dialogarem para resolverem as duas diferenças e a crise que paralisou o Governo, que é acusado de incapacidade de controlar a violência.
Até terça-feira, 530 pessoas foram mortas e mais de 1.300 ficaram feridas no Iraque, o que faz com que este mês de maio tenha tido o balanço mais negativo em, pelo menos, um ano, de acordo com os dados da agência AFP baseados em relatos de fontes de segurança e médicas.
O Departamento de Estado norte-americano condenou os «ataques terroristas» e disse estar em contacto com líderes iraquianos para «ajudar a resolver a tensão política e sectária».
Maio é o segundo mês consecutivo em que mais de 400 pessoas foram mortas no Iraque, tendo a violência no país causado cerca de 1.000 mortos em menos de dois meses.
O Governo iraquiano discutiu os atuais «desafios de segurança» e anunciou em comunicado medidas para os enfrentar e que passam por «perseguir todos os tipos de milícias», apelar a um encontro dos poderes políticos, apoio às agências de segurança e alertas aos media para não incitarem a um conflito sectário.
O Iraque suspendeu as licenças de 10 canais de televisão por satélite que considerava que incitavam ao sectarismo.
A onda de violência no Iraque surgiu no início do ano com o crescente descontentamento dos sunitas que organizaram protestos no final de dezembro do ano passado.
A minoria sunita do Iraque, que governou o país até à queda de Hussein na sequência da intervenção das forças norte-americanas em 2003, acusa o Governo xiita de os marginalizar.
Apesar de a violência no Iraque não ter ainda atingido o pico do conflito sectário de 2006 e 2007, quando eram registados cerca de 1.000 mortos por mês, ataques verificam-se quase diariamente.