Mais de 200 pessoas foram detidas nos confrontos entre os jovens e a polícia, em Hackney. Governo britânico pediu à população para colaborar com as forças de segurança.
Corpo do artigo
As cadeias de televisão internacional transmitem, neste terceiro dia de confrontos, em Londres, imagens de vandalismos com alguns jovens a quebrarem montras de lojas e a tentarem arrombar a porta de um estabelecimento comercial.
Um jornalista do jornal britânico Guardian descreve que «há um helicóptero da polícia a voar em círculos de forma dramática que está aqui há cinco minutos. Na rua existem muitos miúdos encapuzados».
Devido aos tumultos, os funcionários municipais saíram mais cedo do trabalho.
O rol de violência em Londres teve início no sábado, em Tottenham, na sequência de um protesto contra a morte de um jovem de 29 anos durante um incidente policial.
Duzentas e quinze pessoas foram detidas pela polícia e 27 foram acusadas de envolvimento nos confrontos. O vice primeiro-ministro, Nick Clegg, considera que estes actos de violência «não estão relacionados com a morte de Mark Duggan».
A ministra do Interior do Reino Unido, que foi obrigada a encurtar as suas férias, reuniu com responsáveis da polícia para avaliar as consequências dos confrontos entre a polícia e manifestantes, que esta segunda-feira entraram no terceiro dia consecutivo.
Em conferência de imprensa, Theresa May culpou «delinquentes» pela onde de violência que se tem vindo a arrastar por vários bairros periféricos, e que hoje á tarde chegou ao bairro de Hackney, no leste da capital londrina.
«Não há nenhuma desculpa para a violência, nem para as pilhagens, nem para a violência nas ruas. Desde sábado à noite que os londrinos fizeram questão de dizer que não há razão para a violência», sublinhou a governante britânica.
Theresa May apelou para que a população colabore com as forças de segurança: «Peço aos elementos de todas as comunidades que trabalhem com a polícia e que ajudem a levar estes criminosos até à justiça».