O conflito regressou às ruas de Sanaa, após os festejos pela saída do Presidente para cuidados médicos na Arábia Saudita. Os mortos fazem parte das forças governamentais e da oposição.
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A violência regressou à capital do Iémen, Sanaa, com pelo menos três mortos entre as forças governamentais e outros três entre as da oposição, depois dos festejos de domingo pela saída do Presidente para tratamento médico na Arábia Saudita.
Ali Abdullah Saleh, no poder há 33 anos e há três meses contestado em manifestações pacíficas que há duas semanas se tornaram violentas, foi ferido na sexta-feira num ataque contra o palácio presidencial.
Saleh sofreu queimaduras e ferimentos no rosto e pescoço e viajou para a Arábia Saudita horas depois de o rei saudita ter acordado um cessar-fogo, no sábado à noite. A trégua vigorou por apenas algumas horas.
De acordo com a agência noticiosa norte-americana AP, fonte do gabinete do poderoso líder tribal oposicionista xeque Sadeq al-Ahmar disse que três dos seus apoiantes foram mortos a tiro no bairro de Hassaba, no norte da capital, Sanaa.
Por outro lado, ainda no domingo à noite, três militares que estavam num posto de controlo também em Hassaba foram mortos a tiro, disse um responsável militar citado pela mesma agência.
As seis mortes contradizem a promessa feita pelo Presidente interino, o vice-presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, de retirar as forças governamentais da zona norte da capital, palco de alguns dos confrontos mais violentos das últimas semanas.