Visão dos muçulmanos europeus teve impacto no que está a acontecer no Mundo Árabe
Mais do que a relação Estado-Religião será a vertente económica a definir o rumo dos países que protagonizaram a Primavera Árabe. A opinião é de Tariq Ramadan, mestre em Filosofia, doutor em Estudos Árabes e Islâmicos, professor de Oxford e presidente da Rede Europeia de Muçulmanos Europeus, que esteve em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian.
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Os desafios que enfrentam os muçulmanos europeus foi o tema da conferência, mas as revoluções que no último ano aconteceram no Norte de África também não fugiram à discussão.
Tariq Ramadan, ele próprio um muçulmano europeu, acredita que a visão mais Ocidental do Islão é um dos factores na origem da "Primavera Árabe" e considera que é preciso distinguir o que vem dos textos islâmicos e o que vem da cultura, que é necessário perceber os benefícios de um Estado Secular e a necessidade de os muçulmanos criarem um novo "nós" em que são, acima de tudo, cidadãos.