Suha Arafat, viúva do histórico líder palestiniano Yasser Arafat, falecido em 2004 em Paris, pediu hoje que se cruzem os dados das investigações sobre a morte do marido, depois de se saber que peritos franceses excluem um envenenamento.
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Em conferência de imprensa em Paris, acompanhada pelos seus advogados, a viúva de Arafat disse que confia «na justiça e na ciência» e sobre a informação que exclui o envenenamento do marido acrescentou: «Verdadeiramente, o que se pode pensar?».
Suha Arafat pediu que a justiça francesa compare a investigação de peritos suíços, que indicam que o marido foi assassinado por envenenamento, com a de investigadores franceses, que acreditam que morreu em consequência de uma infeção geral.
A viúva de Arafat pediu expressamente que os responsáveis suíços entreguem a sua investigação à justiça francesa.
A análise dos peritos franceses foi revelada hoje e realizou-se após a investigação aberta pela Procuradoria de Nanterre, nas imediações de Paris, sobre as suspeitas de envenenamento de Arafat, que morreu na capital francesa.
A investigação científica realizada na Suíça aos restos mortais do histórico dirigente palestiniano determinou, no início de novembro, que a opção «mais coerente» seria a morte por envenenamento, apesar de não ter apresentado resultados conclusivos.