O viúvo da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto aceitou ser candidato a presidente do Paquistão, tentando assim suceder a Pervez Musharraf. Asif Ali Zardari já tinha sido sido designado candidato pelos deputados do seu partido.
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O viúvo da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto aceitou candidatar-se à presidência do seu país para tentar suceder ao demissionário Pervez Musharraf nas eleições marcadas para 6 de Setembro.
O anúncio foi feito pelo secertário-geral adjunto do Partido do Povo Paquistanês, após os deputados deste partido terem designado Asif Ali Zardari como o candidato desta formação partidária.
Raza Rabbani adiantou que a escolha de Zardari foi feita em homenagem à sua esposa morta num atentado em Dezembro de 2007 e após consulta feita aos representantes dos partidos que fazem parte da frágil coligação que governo o país.
«Os nossos parceiros foram informados desta decisão e nós estamos muito optimistas que a coligação vai continuar intacta», acrescentou o secretário-geral adjunto do partido de Zardari.
Entretanto, o porta-voz da Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz, o segundo pilar da coligação governamental paquistanesa e partido do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, considerou que esta foi apenas do Partido do Povo Paquistanês e não dos membros da coligação.
Nawaz Sharif indicou há alguns dias que apoiaria a candidatura de Zardari caso este renunciasse à condição de deter o poder de dissolução do parlamento, um dos poderes actualmente detidos por Pervez Musharraf.
Outro pomo de discórdia entre os dois principais partidos paquistaneses é o regresso aos seus cargos dos 60 juízes do Supremo Tribunal paquistanês que foram demitidos por Musharraf.
O partido de Sharif defende que os dois partidos da coligação negoceiem uma resolução que preveja a reintegração destes juízes e que esta seja apresentada na segunda-feira.
Por outro lado, o partido de Zardari quer também a reintegração dos magistrados, mas num calendário a decidir posteriormente.