Ivan Syniepalov, ucraniano que vive numa cidade próxima da Rússia, acredita que "algo de perigoso pode acontecer esta terça-feira", por causa da simbologia da data. Ainda assim, "Enquanto a diplomacia falar, as armas estão caladas", acrescenta.
Corpo do artigo
"A guerra está cada vez mais próxima". A sensação é revelada à TSF por Ivan Syniepalov, ucraniano de 29 anos que vive em Mairupol, cidade no sudeste da Ucrânia que fica a 20 Km da região de Donbass e bastante próxima da fronteira com a Rússia. As recentes tensões na fronteira, com quebras do cessar-fogo, levam Ivan a considerar que uma nova invasão, tal como aconteceu em 2014, está iminente.
TSF\audio\2022\02\noticias\21\miguel_bento_laia_17h
O cidadão de Mariupol até antecipa datas, já que Vladimir Putin tem uma obsessão por números. Ivan afirma, por isso, que "algo de perigoso por acontecer esta terça-feira", já que o presidente russo invadiu a Geórgia a 8 de agosto de 2008, ou seja, 8/08/2008.
14556609
Ivan Syniepalov afirma que mais relevante ainda é o dia de quarta-feira: 23 de fevereiro, o Dia das Forças Armadas Soviéticas ou Dia do Defensor da Pátria. Feriado que costuma ser marcado por desfiles militares e que este ano pode ficar marcado por uma eventual invasão, antecipa Ivan.
Mas como se esta "coincidência" não bastasse, Vladimir Putin tem feito ataques depois dos Jogos Olímpicos. Ivan relembra que o líder russo invadiu a Geórgia depois dos Jogos Olímpicos de 2008 na China terem terminado. E ainda em 2014, depois dos jogos realizados em Sochi, na Rússia. Na altura, Putin "aproveitou" para invadir a Crimeia. "Se aconteceu duas vezes, pode acontecer uma terceira", preconiza Ivan e ainda por cima terminaram este domingo os Jogos Olímpicos de Inverno.
Apesar das movimentações nos últimos dias, Ivan Syniepalov sente-se "confiante", porque, no seu entender, as Forças Armadas da Ucrânia estão agora mais preparadas.