«Vladimir Putin está a agir como um tirano do século XX», Reino Unido apela a solução pacífica para crise na Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido acusa Vladimir Putin de estar a agir como «um tirano do século XX sobre a Ucrânia». Philip Hammond afirmou este domingo que Kiev não tem capacidade para vencer o exército russo e apelou a uma solução política e pacífica para esta crise.
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Em declarações à Sky News, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido defende também que a Rússia deve «dar um passo atrás na anexação da Crimeia e começar a respeitar o direito internacional».
«Putin enviou tropas através de uma fronteira internacional e ocupou o território de outro país em pleno século XXI, como uma espécie de tirano do século XX».
Philip Hammond alerta «o declínio económico vai obrigar a Rússia a reduzir as aventuras no exterior».
Nas últimas 24 horas pelo menos oito civis morreram na zona sob controlo separatista em Donetsk, na Ucrânia, enquanto o comando militar ucraniano revelou que se registaram 70 baixas nas fileiras rebeldes em combates no este do país.
O Governo alemão anunciou este domingo a realização de uma cimeira em Minsk (Bielorrússia), na quarta-feira, com a participação da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França para abordar um pacote de medidas que travem a violência no leste da Ucrânia.
Num comunicado, Berlim anunciou a realização da reunião depois de hoje se ter realizado uma conferência telefónica a quatro entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e os presidentes da França, François Hollande, Rússia, Vladimir Putin, e Ucrânia, Petro Porochenko.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, advertiu no sábado, na Conferência de Segurança de Munique, que o este da Ucrânia não necessita de forças de pacificação nem de uma congelação do conflito, como adiantou a imprensa internacional.
Poroshenko, que voltou a pedir armas ocidentais para se defender da agressão russa, defendeu a celebração de eleições nas zonas controladas pelos separatistas com o fim de pacificar as regiões de Donetsk e Lugansk.
Berlim pediu dois ou três dias para ver se a iniciativa franco-alemã avançará, enquanto o presidente francês, François Holland, advertiu que esta pode ser a última oportunidade para a paz na Ucrânia.
Segundo os peritos, o êxito da proposta franco-alemã dependerá do resultado das conversações que a chanceler alemã, Angela Merkel, manterá na segunda-feira em Washington com o presidente dos EUA, Barack Obama.