Jesse Hughes há muito que se bate pela liberdade para o uso e porte de armas. Após os atentados de Paris, onde a banda esteve envolvida, as suas convicções ficaram mais fortes.
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O vocalista dos Eagles of Death Metal, Jesse Hughes, esteve num dos principais focos de terror durante os atentados de Paris, o Bataclan. Quando os terroristas irromperam pela sala de espetáculos, Hughes e a sua banda estavam em palco, a atuar.
À sua frente, 90 pessoas foram mortas, vítimas dos disparos dos terroristas, armados com espingardas automáticas e granadas. Por ter vivido este inferno, seria de esperar que Hughes fosse contra o uso e porte de armas. Mas não. Em entrevista à televisão francesa iTélé, o vocalista dos Eagles of Death Metal defendeu que as restrições ao uso de armas em França ajudaram os terroristas.
Questionado sobre se a sua visão sobre o uso e porte de armas tinha mudado depois dos ataques, Hughes, membro da Associação Nacional Americana de Armas de Fogo, exaltou-se. O vocalista dos Eagles os Death Metal questionou mesmo se as regras francesas ajudaram a salvar uma pessoa que fosse do ataque. "Se alguém puder responder 'sim', gostaria de o ouvir, porque não penso dessa forma". Para Hughes, a alternativa seria responder na mesma moeda. "Penso que a única coisa que mudou para mim é que, talvez, até que ninguém tenha armas, toda a gente tem que as ter. Vi pessoas morrerem que talvez pudessem ter sobrevivido", concluiu.
Em comentários para a France-Presse, Hughes, que é apoiante de Donald Trump, confessou que já não é capaz de se deslocar nos Estados Unidos sem uma arma, mesmo não se considerando paranóico.
Os Eagles of Death Metal vão atuar em Paris esta noite, no Olympia, com segurança reforçada e ainda apoio psicológico, caso seja necessário reconfortar algum fã. Os sobreviventes do massacre do Bataclan têm entrada livre no concerto.