"Voltei para me juntar à luta." Entre lágrimas e abraços, aeroporto de Telavive recebe aviões cheios de israelitas
Há uma estranha festa feita pelas famílias na chegada dos jovens soldados: são recebidos com flores e balões de boas-vindas, mas sabem que vão seguir para o coração do conflito.
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Muitos ainda tentam sair, mas há também aviões cheios de israelitas que vão chegando ao aeroporto de Ben Gurion, em Telavive, o único que está aberto no país. Muitos destes soldados foram chamados à pressa para se juntarem à mobilização geral. Em alguns casos foram chamados todos os homens da família.
Há lágrimas, sorrisos e abraços. Poderíamos estar numa sala de chagadas de um qualquer aeroporto, mas como estamos no aeroporto de Telavive, é estranha a festa da família que vem receber Avid com flores e balões de boas-vindas. O irmão, Nev, explica a receção calorosa.
O meu irmão gémeo está na manutenção de aviões. O meu outro irmão e o marido da minha irmã já estão no sul
Avid acaba de chegar num voo do Peru, fretado especialmente pelo Governo de Israel, para reforçar as tropas no terreno. Tem agora guia de marcha para se juntar rapidamente a familiares e amigos na frente de combate.
"Voltei para me juntar à luta, para proteger a nossa terra ao lado dos meus amigos. Estão todos junto à fronteira à espera. Alguns já estão a combater, outros quase já morreram", afirma Avid.
A entrada a pé em Gaza é o cenário mais temido. Só mesmo se tiver de ser. "Espero que não, mas se for necessário é o que vou fazer", garante o jovem israelita.
A mãe de Nev e de Avid espera que o outro filho, o que está na Força Aérea, consiga evitar que Avid tenha de entrar na Faixa de Gaza.
"Espero que não tenhamos de entrar. O meu filho, que está na Força Aérea, trabalha todo o dia, todo o dia", vinca a mãe dos jovens.
Se o filho na Força Aérea não o conseguir evitar, tudo indica que o filho que está no Exército terá mesmo de avançar por Gaza. Ainda em setembro a família esteve de férias em Portugal.