Foi no dia 08 de março de 2014 que o Boeing 777 desapareceu durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim. Este sábado, as autoridades da Malásia vão publicar um relatório sobre o ponto de situação das buscas. Trará algum dado relevante sobre o que realmente aconteceu?
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Um ano depois, é essa a expectativa em torno do documento sobre o qual o governo malaio se recusou a antecipar qualquer detalhe.
O que se sabe até agora é, afinal e sobretudo, o que não se sabe: que o paradeiro do avião continua a ser um mistério uma vez que não foram sequer encontrados restos da fuselagem.
No fim de janeiro, e após 11 meses de buscas, o governo da Malásia classificou o desaparecimento como um acidente sem sobreviventes. Desse modo, passou a ser possível à Malaysia Airlines acionar os seguros e às famílias das vítimas pedir indemnizações pela morte das 239 pessoas que seguiam a bordo.
No entanto, o facto de o desaparecimento do avião ter sido declarado um acidente não invalida que ele tenha sido desviado da rota prevista de forma intencional.
Recorde-se que o aparelho mudou de direção de forma evidente e continuou a voar durante cerca de sete horas até se acabar o combustível. O que não se sabe é com que intenção ou por que motivo houve essa alteração do plano de voo.
Nesse dia do final de janeiro em que o governo malaio classificou como acidente o desaparecimento do Boeing 777, o responsável máximo da Aviação Civil do país tratou de sublinhar que não havia, naquele momento, provas que substanciassem quaisquer especulações sobre a causa do que aconteceu.
O mesmo responsável disse também que nessa altura os resultados das investigações eram muito limitados, devido à falta de provas físicas.
Um ano depois, continua em curso uma vasta operação internacional de buscas, coordenada pela Austrália, no sul do oceano Índico. A área abrangida é de 60 000 quilómetros quadrados. Desde outubro, já foram esquadrinhados 24 000. Até ver, que se saiba, nada foi descoberto. É desse esforço que prossegue que se aguarda alguma novidade este sábado.