«É um vulcão perigoso, mais perigoso e com uma dimensão superior àquele que entrou em erupção há quatro anos, mas não se sabe se, entrando em erupção, vai libertar toda a energia que potencialmente pode libertar», disse o geofísico Fernando Carrilho. A Islândia elevou o nível de alerta devido a risco de erupção vulcânica.
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A Islândia elevou ontem o nível de alerta de erupção vulcânica para laranja, o segundo mais grave da escala, devido à atividade que o Bardarbunga tem apresentado nos últimos dias, anunciou o instituto de meteorologia local.
Ouvido pela Lusa, o geofísico Fernando Carrilho admitiu hoje que o vulcão islandês Bardarbunga é «mais perigoso» do que aquele que provocou o caos na Europa em 2010, mas sublinha ser cedo para prever consequências.
«Nesta fase ainda é especulativo, não sabemos se a erupção vai ocorrer ou não, nem qual vai ser a sua dimensão, sendo que os efeitos que pode provocar são fortemente condicionados pela intensidade da erupção», explicou o chefe de divisão de geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
«Sabe-se que é um vulcão perigoso, mais perigoso e com uma dimensão superior àquele que entrou em erupção há quatro anos, mas não se sabe se, entrando em erupção, vai libertar toda a energia que potencialmente pode libertar. Temos de continuar a aguardar e confiar nos colegas islandeses que têm uma enorme experiência nesta área», frisou o geofísico.
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Em 2010, uma 'nuvem de cinzas' expelidas pelo vulcão Eyjafjallajokull, também na Islândia, afetou gravemente o espaço aéreo da Europa, lançando o caos na indústria da aviação.
A intensa atividade sísmica, que se começou a verificar no passado sábado, dia 16, no Bardarbunga, mantém os especialistas em monitorização constante, até porque na segunda-feira se registou o mais forte abalo medido na região desde 1996.