O vulcão da ilha cabo-verdiana continua com muito activo, apesar de a lava já estar «mais branda»
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O ponto de situação foi feito esta noite à agência Lusa a geóloga cabo-verdiana Sónia Silva Vitória.
«Ao final da tarde, o vulcão apresentava seis a sete bocas eructáveis com saída de lava e nuvens de gases. As explosões são violentíssimas mas a lava está a avançar mais lentamente», sintetizou a geóloga ligada à Universidade de Cabo Verde que está no terreno a avaliar a situação.
Sónia Vitória adiantou que estão a decorrer dois tipos de explosões: as de gases e as piroclásticas (uma mistura de areias, cinzas e escórias), sendo que a coluna de fogo «chega a atingir uns 100 metros de altura».
A geóloga cabo-verdiana esclareceu que, ao final da tarde, «a lava avançava mais lentamente» e «as duas frentes estavam praticamente estáveis», mas ressalvou a imprevisibilidade da situação.
A geóloga adiantou que «o ponto mais violento» do dia terá ocorrido entre as 16:00 e as 18:00 locais (entre as 17:00 e 19:00 em Lisboa), quando ocorreram «explosões violentíssimas que obrigaram as pessoas a fugir por causa da chuva de areia vulcânica trazida também pelo vento».
Para esta noite e primeiras horas da manhã, Sónia Vitória sublinhou não ser possível fazer quaisquer previsões, «porque a atividade vulcânica é muito imprevisível».