Serviço de mensagens acusa partido espanhol de "violar regras". O grupo do Podemos no WhatsApp tinha mais de 60 mil subscritores.
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O Podemos viu a conta que usa para comunicar com os eleitores no WhastApp ser bloqueada quando faltam apenas cinco dias para as eleições legislativas de Espanha. A denúncia foi feita pelo secretário de Comunicação do partido liderado por Pablo Iglésias e já confirmada pelo serviço de mensagens que pertence ao Facebook.
"O WhatsApp acaba de fechar a conta do Podemos na qual nós comunicamos com todas as pessoas que nos pediram para fazê-lo através deste canal", escreveu na segunda-feira à noite Juanma del Olmo, secretário de Comunicação do Podemos, na sua conta da rede social Twitter.
O WhatsApp garante que todos os utilizadores são tratados da mesma forma. "Aplicamos os mesmos critérios de implementação para todos os utilizadores de WhatsApp a nível mundial. Os nossos serviços são explícitos e não permitem o envio massivo de mensagens ou usar programas de terceiros para automatizar o serviço", explicou um porta-voz do WhatsApp ao jornal digital eldiario.es.
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As acusações do serviço de mensagens são rejeitadas pelo partido espanhol, que adianta que "nunca violou as regras de utilização". Além do Podemos, a comunicação através das redes sociais e de mensagens instantâneas foi adotada por outros partidos em Espanha.
"Utilizamos o mesmo serviço e as mesmas ferramentas no WhatsApp que os outros partidos", atirou o Podemos.
O partido garantiu à Efe ter "o consentimento expresso" de cada um dos usuários para quem envia informações e acrescentou que contratou os serviços de uma empresa autorizada pelo WhatsApp "a mesma com a qual trabalham os restantes partidos".
"A nossa equipa de gestão cumpriu os procedimentos estabelecidos nas condições de utilização da aplicação, solicitando especificamente e através do canal estabelecido a verificação das contas", explicou o Podemos.
O grupo de WhatsApp do partido de Pablo Iglésias tinha mais de 60 mil subscritores. E para a divulgação das mensagens durante a campanha, o Podemos contratou uma empresa que forneceu um software de reenvio de mensagens que inclui um "controlo automático".
O PSOE de Pedro Sánchez lidera as sondagens das legislativas espanholas.