Wildlife Photographer of the Year: "Maravilha" e "infortúnio" numa coleção "que faz pensar"

Um macaco a passear em cima de um veado ou um elefante atropelado por um comboio depois de ter sido alvejado são algumas imagens em concurso na 59.ª edição do "Wildlife Photographer of The Year". A competição, desenvolvida e produzida pelo Museu de História Natural de Londres, já começou a destacar alguns fotógrafos.

"O que mais impressionou o júri foi a variedade de temas, desde a beleza absoluta, comportamentos e espécies raramente vistos, até às imagens que lembram aquilo que estamos a fazer ao mundo natural. Sentimos uma tensão poderosa entre a maravilha e o infortúnio que, na nossa opinião, uniram-se para criar uma coleção de fotografias que nos faz pensar", afirma a presidente do júri, Kathy Moran, num comunicado enviado às redações.

Entre as imagens pré-selecionadas estão momentos de aflição no mundo animal, como duas cegonhas no meio do calor das chamas no Quénia, ou um elefante - que mais tarde acabou por morrer - atropelado no Gabão. Mas, há também espaço para simplicidade da vida selvagem, com a partilha de momentos raros, como um passeio ao ar livre entre um macaco e um veado.

Este ano, inscreveram-se na competição 49.957 fotógrafos profissionais e amadores provenientes de 95 países. Os vencedores são anunciados dia 10 de outubro e, a partir de dia 13 do mesmo mês, as imagens premiadas vão estar em exibição no Museu de História Natural, em Londres, antes de partirem em itinerância pelo Reino Unido e outros países do mundo.

No mesmo comunicado, o diretor do Museu de História Natural, Doug Gurr, destaca a fotografia como um "poderoso catalisador para a mudança", numa altura em que o mundo enfrenta "crises urgentes de biodiversidade e de clima".

As inscrições para a 60.ª edição do "Wildlife Photographer of The Year", em 2024, já têm data definida: de 13 de outubro a 7 de dezembro.