Marca espanhola tenta afastar-se da controvérsia através de um comunicado publicado na rede social chinesa Weibo.
Corpo do artigo
A Zara, marca de moda que pertence à empresa espanhola Inditex, publicou na rede social chinesa Weibo, que funciona como o Twitter, um comunicado em que se desmarca dos protestos pró-democracia em Hong Kong. A nota da marca surgiu em resposta a um jornal diário de Hong Kong, que perguntou se o facto de quatro lojas da Zara terem permanecido fechadas na segunda-feira se devia ao apoio da marca à greve de estudantes contra o Governo, que teve início nesse mesmo dia.
"A Zara nunca apoiou greves e nunca divulgou quaisquer declarações relacionadas com esta ou outras ações do género", pode ler-se no comunicado.
Esta terça-feira de manhã a hashtag "comunicado Zara" era um dos assuntos mais populares na Weibo, contando com mais de 170 milhões de visualizações, segundo a agência Reuters.
No que diz respeito ao encerramento das lojas, uma fonte da Inditex, citada pela mesma agência, explicou que algumas lojas da marca, em Hong Kong, foram obrigadas a atrasar o horário de abertura porque os funcionários tiveram dificuldades em chegar ao trabalho devido aos protestos. No entanto, garantiu que todas as lojas abriram na segunda-feira.
Neste primeiro dia de greve, milhares de estudantes universitários faltaram às aulas em Hong Kong. Um boicote que deve durar duas semanas depois de um fim de semana de protestos violentos em que foram detidas 1.117 pessoas.