O Zimbabué suspendeu todo o trabalho humanitário que estava a ser feito no país, por considerar que este estava a favorecer a campanha do líder da oposição. A suspensão aconteceu algum tempo depois da detenção de sete diplomatas estrangeiros.
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O Zimbabué suspendeu todo o trabalho humanitário no país, isto uma semana depois de ter tomado idêntica decisão a alguns grupos que estavam a distribuir comida, sob a acusação de que estes estariam a fazer campanha a favor da oposição zimbabuena.
O ministro zimbabueno do Serviço Público, Trabalho e Segurança Social indicou que «muitas organizações não governamentais envolvidas em operações humanitárias estavam a violar os termos e as condições do seu registo».
«Ordeno a todas as Organizações Voluntárias Privadas/ Organizações Não Governamentais para suspenderam todas as suas operação até indicação em contrário», afirmou Nicholas Goche.
Antes, as autoridades do Zimbabué retiveram ainda um grupo de sete diplomatas britânicos e norte-americanos por várias horas depois de estes terem visitado vítimas de violência política a poucas dias da segunda volta das presidenciais de 27 de Junho.
O embaixador norte-americano no Zimbabué, James McGee, explicou que os diplomatas foram parados pela polícia e que os apoiantes do presidente Robert Mugabe ameaçaram incendiar o veículo dos diplomatas se estes não se dirigissem à polícia local.
Os diplomatas, que também são acusados de distribuir matéria impressa favorável a Morgan Tsvangirai, acabaram por ser libertos poucas horas depois do incidente.
Os EUA já reagiram a esta detenção ao acusaram as autoridades do Zimbabué de tentarem intimidar os apoiantes do líder da oposição Morgan Tsvangirai por causa das presidenciais.