Mark Zuckerberg é recebido esta tarde no Parlamento Europeu, em Bruxelas, para uma audição com os líderes dos grupos parlamentares.
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O fundador do Facebook deverá tentar uma reconciliação com o Parlamento Europeu, com uma nota introdutória, muito semelhante àquela que apresentou ao congresso norte-americano.
Mark Zuckerberg irá reconhecer que o Facebook não foi suficientemente diligente para garantir a segurança dos dados dos utilizadores, ou para evitar a difusão de notícias falsas (a chamadas fake news), ou até mesmo para prevenir a interferência no resultado de eleições.
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Tanto quanto foi dado a conhecer, uma falha de segurança, permitiu que a empresa britânica Cambridge Analytica se apoderasse indevidamente dos dados de cerca de 2 milhões e 700 mil cidadãos europeus. Entre eles 63 mil Portugueses. Em todo o mundo, o número de afetado ronda os 90 milhões, maioritariamente americano.
Suspeita-se que a partir da fuga de dados do Facebook, a Cambridge Analytica tenha conseguido uma influência decisiva nos resultados da eleições americanas ou no caso do brexit.
Perante os legisladores norte-americanos, Zuckerberg admitiu a falta de uma visão ampla, capaz de identificar as obrigações do Facebook, considerando que se tratou de um erro, pelo qual assumiu responsabilidades e pediu desculpa.
Tudo indica que na curta passagem por Bruxelas, o líder da rede social faça um discurso com esta formulação que o colocou em vantagem, na audição perante os congressistas norte americanos.