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O défice orçamental dos EUA atingiu em 2020 um nível recorde, ao superar os três biliões de dólares (2,6 biliões de euros), o que é atribuído às despesas extraordinárias provocadas pela pandemia.
O défice orçamental federal do ano 2020, que fechou em 30 de setembro, atingiu 3,1 biliões de dólares, depois dos 984 mil milhões em 2019, segundo os números apresentados hoje pelo Departamento do Tesouro.
A subida das despesas mas também a baixa das receitas, designadamente a dos impostos, provocou o crescimento do défice em 218% em relação ao ano orçamental (01 de outubro -- 20 de setembro) de 2019.
Este é o maior défice da história dos EUA, mais do dobro do verificado em 2009, em plena recessão provocada pela crise do 'sub-prime' (créditos imobiliários sem qualidade), quando atingiu os 1,4 biliões de dólares.
As receitas ficaram-se pelos 3,4 biliões de dólares, devido à paragem brutal da atividade económica a partir de março, para procurar conter a pandemia.
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Mas o principal contributo veio do crescimento das despesas públicas, que "aumentaram consideravelmente", sublinhou o Tesouro, em comunicado.
Estas aumentaram 47%, atingindo os 6,5 biliões de dólares.
Cheques diretos aos cidadãos, ajudas suplementares para os desempregados, alargamento do direito ao subsídio de desemprego aos trabalhadores independentes, créditos às pequenas e médias empresas, o plano de relançamento aditado no final de março pelo Congresso e pela Casa Branca totalizou 2,2 biliões de dólares, acrescidos de 500 mil milhões em abril.