Depois do Twitter, Facebook também bloqueia contas de Trump

Donald Trump tem procurado durante meses desacreditar as eleições presidenciais de 3 de novembro, afirmando, sem apresentar provas, que foram manipuladas.

A rede social Facebook suspendeu temporariamente, tal como já tinha feito o Twitter, a conta de Donald Trump, na sequência da violência no Capitólio dos apoiantes do Presidente cessante norte-americano.

"Encontrámos duas infrações às nossas regras na página do Presidente Donald Trump que resultaram numa suspensão de 24 horas, o que significa que não pode publicar na plataforma durante este período", indicou o grupo californiano, numa mensagem na rede social Twitter.

O Facebook tinha entretanto retirado, tal como o Twitter, um vídeo do republicano a pedir aos manifestantes para "regressarem a casa", mas no qual declarava também que a eleição tinha sido roubada, sem apresentar provas.

Nesta medida sem precedentes das duas redes sociais, o Twitter ameaçou mesmo suspender permanentemente a conta de Trump, depois de ter retirado três 'tweets' do Presidente cessante e aquele mesmo vídeo.

Esta é a primeira vez que a plataforma remove os 'tweets' de Trump por razões que não os direitos de autor.

"A conta @realDonaldTrump será bloqueada durante 12 horas após a remoção destes 'tweets'. Se estes 'tweets' não forem eliminados [pelo seu autor], a conta permanecerá bloqueada", explicou o Twitter.

A de Trump foi também bloqueada na aplicação Instagram.

"Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar medidas de emergência apropriadas, incluindo a remoção do vídeo do Presidente Trump (...) que acaba por contribuir para o risco de violência em vez de a diminuir", disse o vice-presidente do Facebook responsável pela integridade da plataforma, Guy Rosen.

Trump tinha avisado que tentaria impedir o Congresso de ratificar oficialmente a vitória de Joe Biden, na quarta-feira.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18h00 e as 6h00 locais (entre as 23h00 e as 11h00 em Lisboa).

O debate no Senado foi retomado pelas 20h00 (1h00 em Lisboa).

A polícia usou armas de fogo para proteger congressistas e indicou já que quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declaram que o edifício do Capitólio estava em segurança.

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