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António Costa diz que será possível em março entregar à Ucrânia os três tanques Leopard 2 que tinham sido disponibilizados por Portugal ao abrigo do mecanismo de cooperação europeu.
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Já os caças F16 estão "todos alocados a missões de que não podemos prescindir", devido à participação em vários programas da NATO e um acordo de cooperação com a Roménia, pelo que não vai ser possível enviar nenhum destes aviões para a Ucrânia.
Em declarações aos jornalistas e, Bruxelas, o primeiro-ministro lembra que "desde o princípio da guerra" que Portugal "tem tentado apoiar [a Ucrânia] dentro das possibilidades". Primeiro com apoio humanitário - o mais urgente - depois com apoios materiais e agora com apoio militar.
"Estamos numa fase muito decisiva desta guerra, tudo se joga nos próximos meses", considera António Costa, lembrando que deve ser a Ucrânia a definir os termos da paz, "enquanto país agredido".
"É a Rússia que tem de parar a guerra, é a Rússia que tem de perder esta guerra", reforça. "Seria uma tragédia para o mundo se o resultado desta guerra fosse uma vitória daqueles que estão contra o direito internacional, que não respeitam o direito internacional, o direito à integridade dos territórios, o direito de soberania dos povos, o direito à autodeterminação de cada uma das nações. É fundamental assegurar essa vitória."
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Os líderes da União Europeia (UE) reúnem-se esta quinta-feira, em Bruxelas, numa cimeira extraordinária para discutir a política de migração e a situação económica, com a participação do Presidente da Ucrânia a prometer captar as atenções.
Depois de viagens surpresa a Washington D.C., nos Estados Unidos, no final de dezembro, e a Paris e Londres na quarta-feira, Volodymyr Zelensky vai participar hoje no Conselho Europeu, segundo várias fontes europeias. A presença do Presidente da Ucrânia não chegou a ser oficialmente confirmada por Bruxelas.
A confirmação chegou, contudo, através do primeiro-ministro português, António Costa, durante um debate preparatório sobre a reunião do Conselho, no parlamento: "Há dois pontos fundamentais no Conselho Europeu. Em primeiro lugar, a reunião com o Presidente Zelensky, que participará presencialmente no Conselho Europeu, e que nos permitirá debater em conjunto não só o processo de apoio à Ucrânia para continuar a fazer frente à agressão por parte da Rússia, mas também as perspetivas europeias da Ucrânia".