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O Ministério da Defesa da Ucrânia disse esta quarta-feira não ter quaisquer informações sobre a suposta rendição de 1.026 militares ucranianos na cidade sitiada de Mariupol, no leste do país, anunciada esta quarta-feira pelas autoridades russas.
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"Desconhecemos estas informações", disse um porta-voz do ministério ucraniano, numa mensagem publicada pelo portal Kyiv Independent.
"Na cidade de Mariupol, na área industrial de Ilyich (...), 1.026 militares ucranianos da 36.ª brigada de infantaria da Marinha depuseram voluntariamente as armas e renderam-se", declarou hoje o Ministério da Defesa russo num comunicado.

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Segundo a mesma fonte, 150 militares ficaram feridos e foram tratados num hospital de Mariupol. Durante a noite de terça-feira para quarta-feira, uma reportagem da televisão pública russa anunciou a rendição de mais de mil soldados ucranianos em Mariupol.
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O autarca de Mariupol, Vadym Boychenko, declarou que desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, cerca de 21.000 civis morreram nesta cidade portuária estratégica na sequência dos violentos combates travados naquela zona.
Na terça-feira, ainda foi possível retirar cerca de 200 civis da cidade, que viajaram em carros particulares para Zaporijia.

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As autoridades ucranianas anunciaram, entretanto, que não conseguiram abrir corredores humanitários esta quarta-feira por causa dos bloqueios e violações ao cessar-fogo pelas tropas russas.
A guerra na Ucrânia, que entrou no 49.º dia, já causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.