La Palma registou 84 sismos desde a meia-noite. Derrocada revela fonte de lava

No fim de semana foi registado o maior sismo desde que o vulcão entrou em erupção, há mais de um mês, a 19 de Setembro.

A ilha de La Palma registou 84 sismos, desde as 00h00 desta segunda-feira. O vulcão Cumbre Vieja continua bastante ativo, embora os sismos não tenham ultrapassado a magnitude de 3,5 na escala de Richter.

O número de casas e terrenos destruídos continua a aumentar. São agora mais de 900 hectares arrasados e 2146 prédios que desapareceram.

Todos estes sismos levaram a uma derrocada parcial do cone do vulcão, esta segunda-feira, que deixou à vista uma grande fonte de lava, segundo o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan).

"Estamos no auge da atividade" do vulcão, afirmou o porta-voz da Involcan, David Calvo, em declarações à agência espanhola Efe.

Calvo disse que a emissão de gases é "absurda", tendo atingido 50 mil toneladas de dióxido de enxofre, e o vulcão tem vindo a emitir mais lava desde o passado fim de semana, quando foram abertas duas fissuras de um lado do cone, assim como uma nova boca.

O porta-voz reiterou que os gases indicam a tendência do que deve acontecer nas próximas horas e que uma das bocas do vulcão "avança" em direção ao sul, através de zonas por onde não tinha passado anteriormente.

David Calvo sublinhou ainda que agora terá de se ver para onde vão as correntes de lava e que algumas delas se alargaram tanto que delimitam um perímetro "brutal" de até três quilómetros, tornando-se "um pouco como uma zona de segurança".

No fim de semana foi registado o maior sismo desde que o vulcão entrou em erupção, há mais de um mês, a 19 de setembro.

O vulcão Cumbre Vieja, que entrou em erupção em 19 de setembro, foi o que mais danos causou entre as erupções históricas que ocorreram na ilha de La Palma, em Espanha.

O Cumbre Vieja praticamente duplicou a área que o vulcão El Charco cobriu com lava em 1712, quando afetou 441 hectares da ilha, segundo o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan), citando Carmen Romero, professora titular da Universidade de La Laguna.

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