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A Academia Sueca anunciou, esta quinta-feira, a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 2020 a Louise Glück.
A academia justifica a entrega do Nobel à poetisa e ensaísta norte-americana pela sua "voz poética inconfundível, que, com uma beleza austera, torna universal a existência individual".
O nome do português António Lobo Antunes voltava, este ano, a figurar na lista dos autores favoritos ao Prémio, mas analistas literários consideravam que a vitória deveria ser, desta vez, atribuída a uma mulher.
A jornalista Margarida Serra traça o perfil de Louise Glück
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Depois do escândalo sexual que, em 2018, atingiu a Academia Sueca e levou ao cancelamento do Nobel da Literatura, a academia sofreu, no último ano, uma remodelação profunda, incluindo agora um painel independente de escritores para a escolha do premiado.
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Uma surpresa até para os especialistas
Mário Avelar, professor de Literatura e Cultura norte-americana da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, explica o que distingue o estilo literário de Louise Glück.
Família, maternidade e o "universo pessoal e íntimo" são marcas da poesia de Glück.
O estilo próprio da autora, premiado esta quinta-feira com o Nobel, acaba por ser uma surpresa até para quem estuda os autores norte-americanos.
"Foi, de facto, uma surpresa."
Escritora é pouco conhecida em Portugal
O gestor de mercado do Grupo Almedina, Ricardo Monteiro, explica que apesar de Glück ser pouco conhecida em Portugal, tem leitores especificos no mercado nacional.
Glück "é desconhecida da maior parte do público português", reconhece Ricardo Monteiro.
O nome de Louise Glück foi uma completa surpresa, mas Ricardo Monteiro avança algumas razões que podem estar relacionadas com a atribuição do Nobel à escritora norte-americana.
Prémio pode justificar-se com a "vontade de despolitização" do Nobel.