A maioria dos pedidos foi feita por cidadãos do México (cerca de 20.000), Venezuela (cerca de 14.500) e Colômbia (cerca de 13.500).
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Mais de 130 mil descendentes de judeus originários da Península Ibérica (Sefarditas), expulsos há 500 anos, solicitaram a nacionalidade espanhola, a maioria deles cidadãos de países da América Latina, segundo dados divulgados pelo Ministério da Justiça de Espanha.
O processo aberto há quatro anos pelo Governo de Madrid para conceder a nacionalidade espanhola aos Sefarditas expulsos de Espanha em 1492 terminou na segunda-feira com 132.226 pedidos registados.
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A maioria dos pedidos foi feita por cidadãos do México (cerca de 20.000), Venezuela (cerca de 14.500) e Colômbia (cerca de 13.500) de acordo com os números divulgados.
Todos eles beneficiaram de uma lei aprovada em 2015 que permitiu aos sefarditas solicitar a nacionalidade espanhola sem ter que residir em Espanha e manter a sua própria, no caso dos descendentes tivessem um vínculo especial com a Espanha através do conhecimento da língua e da cultura.
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O Parlamento espanhol pretendia reparar o que Madrid considera ser um "erro histórico": a expulsão de cerca de 200.000 judeus pelos reis católicos Isabel e Fernando, em nome da "pureza" da raça. Na altura, os judeus fugiram principalmente para o Império Otomano e para o norte de África.
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Em Portugal houve um processo idêntico ao ocorrido em Espanha, depois de o país ter pedido desculpa pela expulsão dos judeus, e, em março de 201,5 publicado um diploma que concede o direito de cidadania aos descendentes dessas famílias.
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O número de pedidos de nacionalidade portuguesa por judeus com origem sefardita cifrava-se em 33 mil, avançava em finais de maio do corrente ano Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo.