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A Rússia devolveu à Ucrânia os corpos de 210 combatentes mortos em Mariupol, na maioria soldados que defenderam o complexo siderúrgico de Azovstal, anunciou o Ministério da Defesa ucraniano.
Muitos dos que morreram após o cerco à siderurgia pertenciam ao regimento Azov, um grupo ultranacionalista que se juntou ao exército ucraniano, informou a agência de inteligência militar do Ministério da Defesa, através de um comunicado citado pela imprensa local.
"O processo de devolução dos corpos dos defensores mortos de Mariupol prossegue, com a ajuda dos esforços da sede de coordenação de tratamento de prisioneiros de guerra", referiram as mesmas fontes, de acordo com a agência de notícias Efe.
Ainda segundo a nota, dos 210 corpos recuperados "a maioria são defensores heroicos de Azovstal".
Em 02 de Junho, a Ucrânia e a Rússia efetuaram uma primeira transferência de corpos dos soldados mortos em combate. Nessa data, foram trocados 160 soldados de cada lado.
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Mariupol, situada nas margens do Mar de Azov, na região pró-russa de Donetsk, esteve durante meses sitiada e alvo de contínuo bombardeamento, desde que Moscovo ordenou a invasão do país vizinho.
A cidade, agora controlada pela Rússia, tinha uma população de pouco mais de meio milhão de habitantes antes da invasão, mas segundo as autoridades vivem aí atualmente menos de 100 mil pessoas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.