- Comentar
A onda de calor que assola o leste da China provocou um aumento do preço dos ovos. A explicação? Devido ao tempo mais quente do que o normal, as galinhas estão a pôr menos ovos, escreve a AFP, citando a imprensa local.
Relacionados
"Deixem a energia para o povo." Fábricas no sudeste da China obrigadas a encerrar temporariamente
Inundações na China provocam 16 mortos e 36 desaparecidos
China lança foguetes com substâncias de condensação para provocar chuva
Várias cidades chinesas registaram os dias mais quentes da sua história este ano, o que levou o observatório nacional do país a emitir um alerta vermelho no início desta semana, um problema que não afeta só os humanos. Também os animais sofrem as consequências do calor. E as galinhas são um exemplo disso. Com o calor, comem menos, acabando por pôr, também, menos ovos.
Na cidade de Hefei, os agricultores relataram uma queda na produção de ovos devido ao calor, de acordo com o jornal Jianghuai Morning News. O problema levou a que algumas explorações instalassem sistemas de refrigeração.
Mas a queda na produção é mais ampla e atinge também outras províncias, situação que explica o aumento do preço deste bem alimentar.
Em Hefei, capital provincial de Anhi, onde as temperaturas estiveram acima dos 38 graus durante 14 dias, o preço dos ovos subiu 30%, aumentos semelhantes aos registados nas cidades de Hangzhou e Hai'an.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, a exposição continuada a temperaturas extremas pode levar a uma redução na produção de bens alimentares como os ovos e o leite.
Mas esta é apenas uma das consequências da onda de calor que atinge a China. A escassez de energia no sudoeste do país, provocada por uma seca prolongada numa região altamente dependente da produção hidroelétrica, está a obrigar ao encerramento temporário de fábricas.
Empresas na província de Sichuan, incluindo fabricantes de painéis solares e cimento, tiveram que fechar ou reduzir a produção, depois de receberem ordens para racionar energia, durante um período de cinco dias, de acordo com informações difundidas pela imprensa local.
Isto ocorreu depois de os níveis de água nos reservatórios terem caído e o consumo de energia ter disparado, face ao maior uso de ar condicionado, devido a uma onda de calor extremo.