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Os responsáveis da mina polaca onde um acidente registado na quarta-feira provocou cinco mortos e sete desaparecidos anunciaram esta sexta-feira o abandono da operação de resgate, considerada "demasiado perigosa" para os socorristas.
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A análise da situação "levou-nos a abandonar a operação de resgate dos sete mineiros" que permanecem no fundo da mina, disse o presidente do grupo JSW, que controla a mina de carvão, Tomasz Cudny.
Segundo os responsáveis do grupo, registaram-se novas explosões durante a madrugada de hoje, o que provocou 10 feridos ligeiros entre os socorristas que tentavam instalar uma nova conduta de ventilação no fundo da mina, a aproximadamente 1.000 metros de profundidade.
De acordo com o chefe dos serviços de resgate, Piotr Buchwald, será preciso primeiro "estabilizar a ventilação da área e depois isolá-la do resto da mina", o que constitui um processo "que demora meses".
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Cinco pessoas, incluindo um socorrista, morreram e sete estão desaparecidas após duas explosões de metano, que provocaram também a hospitalização de 20 feridos, incluindo seis com queimaduras graves.
De acordo com a JSW, uma primeira explosão de metano aconteceu pouco depois da meia-noite, numa área onde 42 mineiros estavam a trabalhar, seguida de uma outra um pouco mais tarde, durante as operações de resgate.
A Polónia, que ainda depende do carvão para produzir cerca de 70% de sua energia, tem sofrido vários acidentes em minas nos últimos anos.
Em março de 2021, dois mineiros morreram e outros dois ficaram feridos num acidente na mina Myslowice-Wesola, no sul do país, enquanto em 2018 outros cinco morreram na mina Zofiowka, também detida pelo JSW.
Em 2021, o setor de mineração empregava quase 80.000 pessoas na Polónia.