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Quem vive em zonas mais poluídas e contrai Covid-19 tem mais probabilidades de desenvolver sintomas mais graves da doença.
Os resultados do estudo da Universitätsmedizin Berlin, a maior universidade técnica da capital da Alemanha, revelam uma associação direta entre a exposição ao dióxido de nitrogénio e a maior mortalidade devido ao coronavírus, assim como na taxa de incidência da doença.
Os cientistas usaram dados estatísticos para calcular os níveis médios de dióxido de nitrogénio em cada distrito na Alemanha. No final, o valor mais elevado foi registado na região de Frankfurt, no centro do país.
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Durante um mês no ano de 2020, os investigadores estudaram o número de doentes de Covid-19 que tiveram de ser internados nos cuidados intensivos e precisaram de ventilação durante o internamento. No final do estudo, concluíram que numa das dez zonas com menor poluição foram usadas em média cerca de 30 camas dos cuidados intensivos e 30 ventiladores.
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Por outro lado, nos dez distritos com maiores concentrações de dióxido de nitrogénio, foram necessárias cerca de 140 camas nos cuidados intensivos e uma centena de ventiladores.
Apesar disso, o estudo alemão não provou uma relação causal entre poluição do ar e a Covid-19 com sintomas graves. No entanto, sugerem uma ligação plausível que poderia explicar a relação entre os sintomas graves da doença com os altos níveis de dióxido de nitrogénio na atmosfera.