Reino Unido diz que a Rússia confirma estar a usar armas termobáricas na Ucrânia

Este tipo de armamento usa o oxigénio para expandir o efeito da explosão. Foi usada pela primeira vez pelos EUA na guerra do Vietname e um especialista ouvido pela TSF não tem dúvidas de que está a ser utilizada contra civis na Ucrânia.

A Rússia tem sido acusada, desde o início da invasão da Ucrânia, de usar bombas termobáricas, o que pode configurar um crime de guerra. De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, Moscovo confirma o uso deste tipo de armamento no conflito. A convenção de Genebra proíbe a utilização contra civis das bombas de vácuo, o outro nome pelo qual é conhecida a arma termobárica.

Ouvido pela TSF, o historiador da Academia Militar, António José Telo, explica que tipo de armamento está em causa. "As armas termobáricas explodem na atmosfera, um pouca acima do solo, espalham um aerossol que se vai expandindo rapidamente na atmosfera, a partir de um momento em que encontra de oxigénio, até que atinja um ponto de expansão máxima. Nessa altura, explodem. A explosão é de grandes dimensões, tem efeitos incendiários e tem uma imensa onda de choque", explica.

António José Telo revela que as armas termobáricas foram utilizadas pela primeira vez pelos Estados Unidos da América na guerra do Vietname, mas não tinha civis como alvo. O uso deste tipo de armamento contra civis é proibido pela generalidade dos acordos internacionais. O historiador não tem dúvidas de que estão a ser utilizadas na Ucrânia.

"Claramente estão a ser utilizadas na Ucrânia em zonas de população. Posso dizer claramente porque vi uma reportagem em que aparecia um cidadão ucraniano a filmar na janela da sua casa, de noite e muito ao longe - qualquer coisa a 10 km de distância - viam-se explosões normais. E, de repente, estas explosões convencionais ficam completamente transformadas em anãs por uma gigantesca explosão. Pelo cogumelo que se forma, pela gigante explosão e pela cor que tem, nota-se claramente que é uma arma termobárica", esclarece.

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