Rússia convoca embaixador britânico para protestar contra incidente com navio de guerra

Russos avisam o Reino Unido de que uma "repetição" das provocações terá consequências.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia convocou, esta quinta-feira, o embaixador britânico para "protestar veementemente" contra o que diz ser uma violação do seu território por parte de um navio britânico. A discussão entre Moscovo e Londres eclodiu esta quarta-feira, após a passagem do HMS Defender perto da Crimeia, no Mar Negro, com a Rússia a dizer que disparou tiros de aviso contra o contratorpedeiro para o afastar. A Grã-Bretanha nega a acusação.

A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e reclama as águas em torno da península como parte do seu território. A maioria dos países, incluindo a Grã-Bretanha, não reconheceu a tomada de controlo e apoia as reivindicações da Ucrânia sobre as águas. Numa declaração esta quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou ter convocado a embaixadora britânica Deborah Bronnert e endereçou-lhe um "forte protesto" pela violação do território russo levada a cabo pelo navio britânico e pelas suas "ações provocatórias e perigosas".

"No caso de uma repetição de tais provocações, toda a responsabilidade pelas suas possíveis consequências recairá inteiramente sobre o lado britânico", acrescentou a declaração. Na quinta-feira anterior, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu o incidente como uma "provocação deliberada e preparada".

O Ministério da Defesa russo disse ter disparado tiros de aviso e até lançou bombas no percurso trilhado pelo HMS Defender antes do navio deixar o seu território. Londres diz acreditar que a Rússia estava "a praticar um exercício de artilharia".

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