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Há uma semana, as autoridades de saúde do Gana anunciaram o início de um surto de origem desconhecida. Os sintomas de dois homens levaram o Governo a agir e a isolar a aldeia, situada na região de Ashanti, no centro oeste do país.
A confirmação surgiu no domingo e os dois homens, que faleceram na sequência da doença, contraíram o vírus de Marburg.
A situação no país é de alerta máximo porque se trata de um vírus com uma taxa de mortalidade superior a 90%, para o qual não há cura nem sequer vacina.
Ouça a reportagem de Pedro Luís Cid, no Gana
Nesta segunda-feira, o Ministério de Saúde do Gana anunciou que elementos da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram ao país para ajudar as autoridades locais. Em comunicado, as autoridades de saúde revelaram que foram identificadas, até ao momento, 38 pessoas que estiveram em contacto com as duas vítimas.
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No documento do Ministério da Saúde do Gana pode ler-se com detalhe toda a explicação sobre o vírus de Marburg, incluindo os sintomas e o que fazer para evitar o contágio.

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O local é uma área remota, em plena floresta tropical conhecida no país pela beleza natural, com várias grutas e quedas de água e uma enorme diversidade de vida animal, como várias espécies de morcegos, incluindo o morcego da fruta conhecido por ter sido fonte de transmissão do vírus no passado.
Os elementos da OMS já estão no local e procuram encontrar outros possíveis contactos, além dos 38 já identificados.
O Gana tem vasta experiência em lidar com surtos de vários tipos, tendo passado praticamente incólume no último grande surto de Ébola na região. Ainda assim, o Governo do país está em prevenção e alerta máximo devido ao elevado grau de mortalidade do vírus de Marburg.