Corpo do artigo
Durante o fim de semana assistimos todos ao ataque do Hamas a Israel. Os ataques aos civis israelitas e as imagens são chocantes. Estamos a olhar para a barbárie. Barbárie que o Ayatollah Khamenei do Irão celebra de forma efusiva.
E, nesta matéria, de forma irónica, há muito que a elite religiosa do Irão não desilude.
Basta pensarmos em Narges Mohammadi, uma mulher de 51 anos, a quem foi atribuído o Prémio Nobel para a Paz de 2023. O Comité no seu anúncio na passada sexta-feira fez questão de destacar "a sua luta contra a opressão das mulheres no Irão e a promoção de direitos humanos e liberdade para todos. A sua luta corajosa teve custos pessoais tremendos. No seu todo, o regime prendeu-a 13 vezes, condenou-a 5 vezes e sentenciou-a a um total de 31 anos na prisão e a 154 chicotadas".
TSF\audio\2023\10\noticias\09\09_outubro_2023_a_opiniao_de_raquel_vaz_pinto
Mais ainda, o Comité enfatizou que "o grito de luta "Mulheres - Vida - Liberdade" adotado pelos manifestantes [desde Setembro de 2022] expressa de forma adequada a dedicação e o trabalho de Narges Mohammadi".
Por último, os tais custos pessoais e, em especial, a separação forçada da sua família há vários anos. Mais ainda, segundo o jornal The Guardian, "o seu marido e dois filhos exilados em França foram proibidos de manter qualquer comunicação direta nos últimos 18 meses".
Por tudo isto, não podemos esquecer o seu nome: Narges Mohammadi. Não esquecer.