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Hoje quero falar-vos de violência. Violência é, sem dúvida, uma palavra repleta de significado para os ucranianos que lutam com tudo o que têm pela sua nação há 250 dias.
Mas, por entre tantas notícias dramáticas e terríveis quase que nem nos apercebemos do ataque que um homem fez à casa da mulher que lidera a Câmara dos Representantes: Nancy Pelosi.
Segundo a CNN "o atacante confrontou o marido Paul Pelosi gritando "onde está Nancy?"". O marido foi «violentamente agredido» e felizmente salvo pela chegada da polícia.
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Dir-me-ão que este tipo de violência não é novo nos EUA. Nestas situações acabamos inevitavelmente a pensar no assassínio do Presidente John Fitzgerald Kennedy.
Mas, tendo em consideração a tensão, os apelos ao não reconhecimento das eleições democráticas de 2021 e a violência verbal e física dos últimos anos, a tentativa de assassínio dirigida a Nancy Pelosi não pode de todo ser subestimada. Sobretudo do ponto de vista político.
Nancy Pelosi descreveu que a sua família estava «de coração partido e traumatizada». Talvez seja, infelizmente, uma boa maneira de descrever hoje a democracia dos EUA.