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Duas semanas depois da hecatombe eleitoral do centro-direita, o PSD já tem os dois desafiadores pelos quais esperava e para os quais os críticos trabalharam. O último a chegar já tinha dito ao que vinha em plena pré-campanha eleitoral, quando publicou no Expresso um artigo de opinião com o sugestivo título "Depois de 6 de outubro".
Na verdade, para lá deste taticismo, para o país, Miguel Pinto Luz é (apenas) o candidato de Cascais e de Miguel Relvas.
Com mais apoios já assegurados, Luís Montenegro, depois da falsa partida em janeiro, está no terreno e é quem tem mais condições para derrotar o líder, caso ele resolva recandidatar-se.
Rui Rio continua a alimentar o tabu, mas já estamos na fase em que todos no PSD podem dizer "você sabe que eu sei que você sabe que eu sei".
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No CDS ainda não há candidatos assumidos porque a empreitada não motiva por aí além. Há três jovens políticos - João Almeida, Filipe Lobo D'Ávila e Francisco Rodrigues dos Santos (conhecido no meio político por Xicão) - em aquecimento, com vontade de avançar, mas faltam os pesos pesados.
Com Portas voluntariamente ausente, o melhor que os senadores conseguiram foi ver António Pires de Lima desafiar Adolfo Mesquita Nunes a avançar, mas o coordenador do programa eleitoral do CDS não precisou de 24 horas para se colocar fora da corrida eleitoral.
O centro-direita continua à procura de uma luz ao fundo do túnel, porque não tem a certeza de que o que se segue será melhor do que o que existe.