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Frase emblemática de Nelson Mandela, inspiradora para este artigo, e que norteia, pelos princípios e valores implícitos, as funções inerentes a diretor de escola, encontrando-se destacada num belo quadro nas paredes do gabinete do meu local de trabalho, e cuja mensagem ganha renovado significado e valor gradativo quando lida por todos os que lá entram: "A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo".
Estas palavras são o leitmotiv do dia a dia das escolas, aplicada pelos seus profissionais - professores, diretores, técnicos especializados, assistentes técnicos e operacionais - com dedicação, empatia e sentido de responsabilidade na sua prática com os alunos, um trabalho meritório, permitindo-lhes abrir portas para o futuro que projetam, a ficar mais e mais perto dos horizontes onde a concretização de sonhos de hoje se afigura uma possibilidade real no amanhã.
As dificuldades e constrangimentos com que se deparam atualmente os líderes escolares alavancam desafios massivos e recorrentes que coartam de forma incongruente o propósito da sua ação e que só são superados com a audácia e comprometimento inexcedível de quem quer o melhor para os estabelecimentos de ensino. As escolas públicas do nosso país dispõem de dirigentes escolares de elevada qualidade, desempenhando um papel crucial na administração e gestão de uma organização complexa, sabendo-a muito estimada e apreciada pelos jovens que a frequentam.
O papel do professor é muito importante, como agente impulsionador das aprendizagens que os discentes adquirem, mas também como entidade de referência, sendo conselheiro, guia e confidente, estabelecendo relacionamentos com base no respeito, na compreensão da singularidade de cada criança e jovem ao longo do seu percurso escolar. A felicidade proporcionada no lugar que adoram é mérito de profissionais de elevado gabarito, bastante habilitados e envolvidos, que colocam as suas competências e virtudes ao serviço da Educação.
Os técnicos especializados, assistentes técnicos e operacionais, no âmbito da esfera de atuação específica, realizam um trabalho próximo de apoio direto (e de retaguarda) louvável, quer direcionado para os alunos quer em colaboração com os professores, sendo facilitadores de uma intervenção positiva no ensino e educação proporcionados a todos.
Uma palavra de realce para a entrega e prestação dos alunos (alguns com potenciais de trabalho e responsabilidade ainda emergentes), principalmente daqueles que, em casa, não têm suporte familiar coadjuvante para alcançar as suas naturais expetativas ou, tendo-o, revela-se insuficiente para percorrer um caminho de maior sucesso. A escola faz o seu papel, sendo o verdadeiro elevador social capaz de transformar a vida das comunidades educativas, individual e coletivamente.
A arma da Educação deverá estar, a todo o tempo, carregada de princípios e valores, tendo como alvo a inclusão, solidariedade, amizade, companheirismo, num cenário de aprendizagem saudável em que todos sejam felizes, competentes e implicados. Os responsáveis máximos
estão obrigados a dotar as suas escolas de armamento topo de gama, adequado e eficaz para que melhor enfrentem as adversidades com que se deparam.
Nelson Mandela, na sua visão plural, proclamou esta máxima a que estamos obrigados a fazer jus, exigindo-se da parte dos decisores políticos mais respeito pela Educação dos países que governam, de acesso a todos os discentes, implementando e melhorando, também, as condições de trabalho dos seus profissionais. A (efetiva) universalidade do direito à Educação é condição sine qua non para mudar o mundo, através da capacitação, do desenvolvimento e com humanismo. As escolas (fazem) farão a sua parte.